Saúde
Vital para a saúde bucal, saiba os cuidados com a gengiva e a importância de procurar um profissional
Taís Cristina Rosa, da Odontogalerie, orienta como identificar problemas e prevenir doenças bucais
A saúde bucal é muito importante para o bem-estar geral do corpo humano. A gengiva, em particular, é um tecido que auxilia na proteção dos dentes e ossos da boca. A falta de cuidado adequado nessa área pode levar a problemas graves, incluindo a perda de dentes. Taís Cristina Rosa (CRO-PB 4533), proprietária da Odontogalerie – referência nacional em tratamentos clínicos e estéticos odontológicos – explica que quando a gengiva inflama, é sinal de que algo não está em equilíbrio na boca ou sistemicamente, mas indica cuidados para manter sempre o sorriso saudável. “Uma adequada higiene bucal, a oclusão balanceada, e respiração nasal são o tratamento da maioria das gengivites”.
Manter uma rotina de higiene bucal adequada é um dos principais cuidados, como a escovação regular dos dentes e o uso de fio dental para remover a placa bacteriana para diminuir a inflamação crônica. Outros fatores de risco para doenças da gengiva são a diabetes, o tabagismo e o estresse e quando associados à placa bacteriana prejudicam demais a gengiva, o periodonto, e a saúde bucal e sistêmica. “Ter equilíbrio na mastigação, corrigir falhas nas restaurações ou coroas que, por ventura, tenham excesso desse material ou de estrutura dentária, são cuidados essenciais”, alerta Taís.
A especialista observa ainda que o fio dental não pode rasgar ao passar entre os dentes, pois eles precisam ter um ponto de contato para proteger a gengiva. “Hábitos parafuncionais, como apertamento, bruxismo, morder objetos, como caneta, também podem prejudicar a saúde gengival”, explica.
Segundo a dentista, é importante avaliar dentes mal posicionados ou que dificultam a higienização, até mesmo dentes do siso que não têm espaço para erupcionar ou que estão cobertos pela gengiva. Alimentos também podem prejudicar, queimar ou descamar a gengiva, bem como álcool e cigarro, que diminuem o fluxo salivar e medicamentos, inclusive o desequilíbrio hormonal. “Temos que lembrar que a boca não é separada do corpo e se algo não está bem, se a mucosa não é muito irrigada ou não recebe nutrição pelos vasos sanguíneos, vai sinalizar”, ressalta.
Sintomas – Sangramento gengival espontâneo, durante a escovação ou ao passar o fio dental alertam para problemas na gengiva. “Se for pela placa bacteriana, escovando e passando o fio dental, pára de sangrar em até dois dias, mas se a pessoa perceber que o dente está com cálculo, ou se tiver dor na gengiva, odor fétido, pus ou febre, é preciso procurar um profissional para diagnosticar e tratar a causa”, orienta.
Uma gengiva muito lisa, sem o pontilhado da casca de laranja ou muito vermelha, também precisa de atenção e cuidado maior. “Manchas brancas ou escuras na boca e aumento de volume são outros sinais que precisam ser avaliados por um dentista”, continua Taís.
No caso de restaurações ou coroas subgengivais, pode haver a necessidade de cirurgias para respeitar o espaço entre o osso e o início da restauração. “Chamamos de espaço biológico; caso contrário, a gengiva sempre ficará inflamada e sangrando, pois essa é uma defesa do organismo. Então, atenção para regiões avermelhadas ao redor dos dentes”, alerta.
Gengivite – é recomendado buscar um profissional para descobrir a causa da inflamação da gengiva, pois, segundo Taís, é possível desenvolver uma forma muito agressiva da doença. “Rapidamente, ela inflama e infecciona o periodonto e o osso ao redor do dente, podendo ter perda óssea severa. Geralmente, esta forma agressiva acomete apenas uma região da boca e o paciente apresenta dor, febre e prostração. Atinge principalmente pessoas que estão sob forte estresse ou com hormônios alterados, inclusive é comum em jovens, adolescentes, universitários ou militares. Outros fatores de risco são doenças autoimunes”, acrescenta.