Siga nossas redes

Cultura & Arte

Tenda do Cordel terá declamações de poetas e cordelistas na Festa das Neves

Published

on

Lucilene Meireles

A literatura de cordel tem ganhado espaço nos eventos realizados pela Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope). E os cordelistas estão de volta durante a programação da Festa das Neves. De 27 a 30 de julho, a Tenda do Cordel estará no Parque Solon de Lucena, a partir das 17h, com declamações de cordelistas.

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, disse que a Prefeitura tem um compromisso de estímulo e valorização das culturas populares. “Estamos trabalhando já há algum tempo para que o cordel seja visto como parte de uma literatura popular de valor artístico e literário forte. Temos uma rica história do cordel na Paraíba. Nada mais justo que a gente possa, numa festa de perfil popular, como a Festa das Neves, garantir um espaço para os cordelistas na nossa cidade”, observou.

Ele lembrou que a iniciativa aconteceu durante o São João e foi um sucesso. “Agora estamos repetindo como uma forma de estimular e fortalecer o movimento de literatura de cordel”, acrescentou. Assim, levar essas culturas para o alcance do público é uma forma de valorizar as manifestações culturais mais tradicionais, contribuindo para difundir essas expressões que tão bem representam o povo nordestino.

“A Tenda do Cordel é um momento em que nós, poetas, estaremos declamando. Vamos ter espaço para as pessoas sentarem. Também vamos vender cordel, essa rica cultura nordestina”, declarou Merlanio Maia, coordenador do Núcleo de Parcerias e Projetos da Academia de Cordel.

Advertisement

Junto com ele, participam da Tenda do Cordel os cordelistas Robson Jampa, Claudete Gomes, Raniery Abrantes, Annecy Venâncio, Thiago Alves, Dalmo Oliveira, Arnaldo Leite, Manoel Belisário e seus Poetas Juvenis, Cristine Nobre e Marcone Araújo, declamando e conversando com o público sobre a literatura.

Merlanio conta que o cordel nasceu na Paraíba por meio dos poetas Leandro Gomes de Barros e Silvino Pirauá, grandes nomes do passado. “Nós não queremos que essa cultura morra. É uma cultura muito forte. O mundo todo está se debruçando para estudar o cordel. Nós, da Paraíba, lugar onde ele nasceu, temos um compromisso moral com essa literatura que é nossa”, observou.

O poeta também ressaltou a importância da parceria com a Academia do Cordel do Vale do Paraíba e a Funjope. Ele garante que tem sido um sucesso. “Estamos fazendo com que o nosso povo, as pessoas que conhecem e as que não conhecem, possam ter esse espaço sempre para que isso crie um caldo cultural, escutando, vendo, lendo sobre cordel, leve para casa, se divirta, se informe através do cordel”, disse.

Essa, segundo ele, é uma bandeira que a Academia tem procurado fazer indo a todos os lugares, aproveitando as oportunidades, ocupando os espaços para que realmente essa literatura forte influencie o cinema, a música. “É linda a nossa cultura, a cultura de raiz”, completou.

Foto: Daniel Silva

Advertisement
Continue Reading
Advertisement
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Sair da versão mobile