Para especialista do IEEE, novas tecnologias serão a vedete dos grandes estádios em ano de Copa do Mundo

Raul Colcher, membro do IEEE, maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, afirma que avanços tecnológicos podem transformar a experiência dos torcedores com a utilização da realidade virtual e aumentada e o 5G.

Em ano de Copa do Mundo — em novembro, no Catar, ocorre o principal torneio do esporte mundial — os olhares do planeta voltam-se para o futebol. E a cada competição, realizada de quatro em quatro anos, a tecnologia se aperfeiçoa, permitindo cada vez mais transformar eventos esportivos em grandes espetáculos. Segundo Raul Colcher, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e sócio da Questera Consulting, há 8 anos, na Copa do Mundo realizada no Brasil, o destaque eram os testes de transmissão com a banda 4G. Com uma rede que reage com mais rapidez como o 5G, com baixa latência, somadas a tecnologias que estão em pleno desenvolvimento, como a realidade virtual e aumentada, será possível para os torcedores, num futuro próximo, captar toda a sensação dos jogadores em campo, com a utilização, por exemplo, de capacetes de realidade virtual.
Os chineses já estão avançando bastante nessa área. Imagine acompanhar uma partida sentido de perto a sensação dos jogadores, afirma Colcher. Hoje a tecnologia aplicada nos grandes estádios busca desenvolver novos e melhores mecanismos de comunicação, informação e interação com o público. Isso inclui serviços de suporte e gestão de segurança, entrada e saída da instalação, identificação de assentos, informações e estatísticas sobre torneios e atletas, visualização de movimentos importantes em alta resolução, até mesmo comunicação e interação com os torcedores.
Outro item de grande desenvolvimento tecnológico para eventos esportivos em grandes estádios refere-se à segurança. “Com os mecanismos de identificação de torcedores, entradas e assentos, o processo torna-se mais ágil, podendo assim evitar a formação de filas e aglomerações, diminuindo fraudes e identificando com facilidade até mesmo possíveis arruaceiros nos estádios”, conclui Colcher.