Economia
Natal de 2021 é o mais desigual dos últimos 14 anos, aponta FGV
A diferença entre a intenção de compras de Natal entre as famílias mais ricas e aquelas que faturam até R$ 4.800 atingiu 44,4 pontos neste ano.
Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontou que o Natal deste ano será o mais desigual da série histórica, iniciada em 2007. A diferença entre a intenção de compras de Natal entre as famílias mais ricas e aquelas que faturam até R$ 4.800 atingiu 44,4 pontos neste ano.
O avanço da desigualdade entre as famílias de menor e maior poder aquisitivo ocorre mesmo com as estimativas de resultados melhores para o comércio com a ajuda da celebração, ainda que o desempenho seja pior do que o apresentado nos anos anteriores.
A coordenadora das Sondagens da FGV, Viviane Seda, afirma que o período melhor para o comércio do que no ano passado não representa um dado favorável na comparação com anos anteriores, já que os consumidores seguem cautelosos em relação ao consumo.
“As famílias de mais baixa renda, a maior parcela da população, são as mais afetadas. Para elas, o Natal será mais magro. Muitos não vão comprar presentes, e mesmo aqueles que vão comprar dizem que gastarão menos”, afirma ela.
De acordo com os dados, a melhora do indicador foi puxada pelo crescimento da proporção de consumidores que pretendem aumentar o gasto com presentes, que saltou de 5,5%, em 2020, para 15,4%, neste ano.