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Na melhor final da história das Copas, Argentina é tri com dois de Messi
O maior craque que o futebol viu desde a década de 1970 comandou sua seleção e marcou duas vezes no empate em 3 a 3 (e vitória de 4 a 2 nos pênaltis) com a França, na final da Copa do Mundo do Qatar.
Aos 35 anos, Messi finalmente tem uma Copa para chamar de sua. E da melhor maneira possível: a final que ele acaba de ganhar foi a melhor da história. A mais emocionante de todas. Como em um roteiro de cinema, o jogo teve domínio de um lado, um nó tático desfeito e um empate heroico, tudo corado com uma prorrogação cheia de emoções. Se dois gols já seriam o suficiente para 30 minutos de emoções, os dois times perderam chances no segundo tempo. Tanto argentinos, quanto franceses viram bolas na cara do gol defendidas quando uma alteração no placar mataria com as chances do rival.
Como cantaram os argentinos durante todo o mundial, Diego Maradona viu lá do céu a melhor final da história das Copas e “apoiou” Lionel Messi no tricampeonato mundial da Argentina.
A coroação de Messi
Se a torcida argentina cantou que voltou a sonhar foi por causa de Lionel Messi. Na final, ele ditou o ritmo de jogo e foi decisivo. Converteu o pênalti sofrido por Di María logo no início deslocando o goleiro Lloris. Depois, deu toque de classe de primeira para possibilitar o contra-ataque que terminou no gol de Di María.
Quando tudo já parecia perdido para a França, foi outro craque, Mbappé, quem recolocou os franceses no jogo. Converteu pênalti sofrido por Kolo Muani em toque de Otamendi e, depois, tabelou com Thuram e bateu de primeira para vencer Emiliano Martínez. Tudo isso em dois minutos e faltando dez para o fim do jogo.
Depois de Mbappé aparecer, empatar e levar o jogo para a prorrogação, Messi de novo brilhou. Lautaro Martínez bateu, Lloris defendeu e o camisa 10 apareceu dentro da pequena área para empurrar para as redes. Koundé tentou tirar, mas a bola já tinha cruzado a linha de gol.
A prorrogação teve diversas chances claras para ambos os lados. Os principais erros de finalização foram de Lautaro Martínez e Muani. Muani, nos acréscimos da segunda metade do tempo extra, errou cabeceio na pequena área e, no último lance, saiu cara a cara com Martínez e parou no goleiro.
Messi foi eleito o craque da Copa. Ele já tinha levado o prêmio de melhor em campo quatro vezes na campanha que levou a Argentina até a final: na partida contra o México, decisiva para a classificação na fase de grupos, e em todos os jogos do mata-mata até a decisão.
Como Maradona, agora Messi tem uma Copa para chamar de sua e conquistou definitivamente seu lugar no coração dos argentinos. Não há mais qualquer asterisco na carreira de um dos maiores jogadores da história.
A torcida da Argentina cantou durante toda a Copa que, do céu, Diego Maradona, seu pai e sua mãe estavam “apoiando Lionel”. Obviamente não é possível afirmar, mas o título deve servir para sempre como prova disso para qualquer argentino.
Messi quebrou dois recordes na final: é agora quem mais jogou na história das Copas com 26 partidas e também o jogador com mais participações diretas em gols – foram 21, sendo 13 gols e oito assistências.
Di María foi a chave da decisão. Reserva em todo o mata-mata, ele foi escalado de forma inteligente por Scaloni como um autêntico ponta, atuando colado à linha lateral para aproveitar o espaço dado pela França. A Argentina buscava a inversão de jogo para Di María a todo momento e teve sucesso. O time piorou quando ele precisou ser substituído..
Do outro lado, Mbappé deixou escapar seu segundo título de Copa do Mundo, o que o colocaria ao lado de Pelé como maior vencedor do torneio antes dos 24 anos de idade, mas vendeu caro a derrota.