Manipulação de jogos: operação mira árbitro da Paraíba, ex-jogadores, ex-técnicos, ex-presidente de clube e R$ 11 milhões em transações

O árbitro Dguerro Xavier, afastado da atuação profissional desde a Operação Cartola, realizada no estado e que também investigava manipulação de resultados, foi preso em João Pessoa nesta quarta-feira (9). Ele nega envolvimento nos crimes.

A Operação Jogada Marcada, que apura a manipulação de resultados de jogos de futebol no Brasil e em Angola, na África, investiga ex-jogadores, ex-técnicos, um ex-presidente de clube do estado do Ceará e um árbitro de futebol atuante na Paraíba. O árbitro Dguerro Xavier, afastado da atuação profissional desde a Operação Cartola, realizada no estado e que também investigava manipulação de resultados, foi preso em João Pessoa nesta quarta-feira (9). Ele nega envolvimento nos crimes.

De acordo com a Polícia Civil de Goiás, um dos investigados movimentou, no período sob análise, mais de R$ 11 milhões. Para a Polícia Civil, isso evidencia a capacidade financeira da organização criminosa. Não foram detalhados o papel de cada membro e se há mais alvos na Paraíba além do árbitro detido hoje.

Um dos investigados estava foragido e sendo procurado, segundo a última atualização da Polícia Civil de Goiás. Foram cumpridos mandados, sendo seis de prisões temporárias e nove de busca e apreensão, em seis estados: Paraíba, Pernambuco, Ceará, Maranhão, Espírito Santo e Goiás.

Operação Jogada Marcada

A Polícia Civil do Estado de Goiás, através do Grupo Antirroubo a Banco (GAB) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), deflagrou nesta quarta-feira (9) a Operação Jogada Marcada. A ação busca o cumprimento de 16 medidas judiciais contra uma organização criminosa especializada na manipulação de resultados em partidas de futebol e demais eventos semelhantes, como marcação de cartões e escanteios, com o objetivo de obtenção ilícita de valores por meio de plataformas de apostas.

Uma denúncia formalizada pelo presidente de um clube participante do Campeonato Goiano motivou a operação. O dirigente de clube foi alvo de investidas por parte de um intermediário vinculado à organização criminosa.

A investigação identificou a estrutura hierárquica do grupo, composta por três núcleos principais:

  1. financiadores, responsáveis pelo aporte financeiro necessário à execução das fraudes;
  2. intermediários, incumbidos de estabelecer contato e apresentar propostas ilícitas aos profissionais do futebol;
  3. e executores, que incluem jogadores, treinadores e dirigentes de clubes.

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