Cultura & Arte
Mancha Verde leva cultura nordestina ao Anhembi em busca do tricampeonato
Escola teve parentes de Lampião e Maria Bonita
A Mancha Verde, escola de samba de São Paulo defilou na madrugada de hoje (19).
A atual campeã da elite do carnaval paulistano defendeu o enredo “Oxente – Sou Xaxado, sou Nordeste, sou Brasil”, com a presença da rainha de bateria Viviane Araújo e de parentes de Lampião e Maria Bonita.
A escola alviverde mostrou a força da dança criada no Sertão Pernambucano e popularizada por Luiz Gonzaga. O Rei do Baião veio representado com um boneco gigante articulado segurando uma sanfona, no último carro.
A agremiação surgida a partir de uma torcida organizada do Palmeiras encheu o desfile de referências nordestinas. Do carro abre-alas, com alusão à caatinga, até as últimas alas, celebrando as festas e quadrilhas de São João, a Mancha trouxe vários tons de verde ao Anhembi.
Em busca do tricampeonato, a escola contou com 230 ritmistas na bateria, enquanto Viviane Araújo sambava em seu 17º ano de reinado.
Cangaço, fé e artesanato
O segundo carro retratou o tempo do cangaço, com um boneco de Lampião, além de parentes dele, como Expedita Ferreira, a única filha do cangaceiro. Ele e Maria Bonita também foram lembrados em fantasias do começo do desfile.
Padre Cícero foi homenageado no carro “Fé no Padim Ciço e a arte de Mestre Vitalino”. Essa alegoria simbolizou a fé dos nordestinos e trouxe estátuas inspiradas no trabalho do artesão pernambucano Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963).
A força da cultura do Nordeste foi o trunfo da Mancha Verde para tentar repetir o sucesso do carnaval anterior, quando foi campeã com o enredo “Planeta Água”.