Hotel Tambaú deve ter estrutura atual mantida e ampliação para “pelo menos” 250 quartos, afirma André Amaral

O Hotel Tambaú está fechado desde o período da pandemia de Covid-19, no ano de 2020.

O Hotel Tambaú, fechado há mais de quatro anos em João Pessoa, deve ter sua estrutura atual mantida e ampliação para “pelo menos” 250 quartos, como afirmou um dos sócios da Ampar, André Amaral, que arrematou o empreendimento em um leilão em 2021.

a informação foi veiculada no Programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM nesta terça-feira (25).

De acordo com André Amaral, a empresa pretende manter a edificação original do Hotel que hoje possui 176 quartos. A empresa prevê ampliar para, pelo menos, 250 dormitórios.

“Vamos manter essa edificação atual. Naturalmente, existem coisas que foram construídas internamente que já não se usam mais, como por exemplo a padaria, que é um ‘mundo’ de padaria e que hoje é terceirizado, assim como a lavanderia. Naquele tempo em que foi construído o Hotel Tambaú é preciso lembrar que a cidade era longe, então precisava ter todo este aparato de logística, hoje já não precisa mais, tudo é terceirizado. Com essa reforma interna que vamos fazer, vamos aumentar o número de quartos. O Hotel Tambaú infelizmente só possui 176 quartos, para hoje ele precisava ter pelo menos 250 quartos para ter um ponto de equilíbrio e poder se manter ao longo do ano, não só na alta estação”, explicou André Amaral.

O sócio da Ampar explicou que, ao viajar pelo exterior, é abordado por brasileiros que recordam do Hotel pelo seu formato redondo e localização à beira-mar, característica única no Brasil, além de perguntas sobre o impasse judicial que, de acordo com André, perdura há três anos e meio.

“O Hotel Tambaú não pertence a mim, não pertence a pessoa jurídica, pertence aos paraibanos. Quando viajo pelo mundo às vezes a gente encontra um brasileiro que pergunta ‘Como é o nome daquele negócio redondo que vocês tem na praia?’ e a gente com sorriso farto, diz ‘É o Hotel Tambaú e tenho a felicidade de ser o arrematante’. E o pessoal pergunta ‘e aquela bronca já se resolveu?’ ‘ainda não’, mas isso aqui é pra gente preservar”, destacou o sócio da empresa paraibana.

STJ deve decidir futuro do Hotel

André Amaral detalhou que, a decisão que deve destinar o futuro do Hotel é da 4° Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após ex-sócios da Varig, empresa detentora do empreendimento, questionarem a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), onde o Hotel foi leiloado.

“Estamos esperando uma decisão da quarta turma do STJ que ponha fim no processo do Hotel Tambaú. Ele foi a leilão na Justiça do Rio de Janeiro, onde fica a sede da Varig, que era dona de vários hotéis e faliu como todos sabem. Tem muitos funcionários que esperam receber seus recursos, o próprio estado espera receber seu recurso. Nós ganhamos numa primeira instância, no Tribunal de Justiça, tudo, eles [massa falida da Varig] não ganharam nada. Recorreram ao STJ para perguntar se uma decisão está correta e estamos esperando essa decisão há três anos e meio”, explicou André.

Segundo o sócio da Ampar, se a decisão do STJ for julgada como correta, o Hotel será concedido ao grupo paraibano que garante recuperar o empreendimento, com investimento de quase R$ 150 milhões de reais.

Entretanto, no caso do Superior Tribunal de Justiça decidir que há erros na decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), a decisão deve retornar ao Tribunal Judiciário do estado fluminense para um novo julgamento.

“Essa decisão sendo confirmada como correta, acabou essa história. Não sendo confirmada como correta, volta para o Rio de Janeiro para julgar de novo, mas há uma matéria superveniente a isso. O Hotel Tambaú está escriturado no nome da empresa e há fartas decisões, inclusive de todos os ministros da quarta turma, que julgam esse processo e dizem que, quando um imóvel que vai a leilão é escriturado pelo arrematante, o processo ‘morre’. Então a gente precisa que essa decisão seja tomada para fazer um investimento, de aproximadamente R$ 150 milhões de reais. É o grande cartão postal do nosso estado e temos que fazer isso aqui, pois é a joia mais bela da coroa da nossa cidade”, detalhou André Amaral.

Pedido ao Ministro do Turismo

André Amaral explicou também que, a visita do Ministro do Turismo Celso Sabino à Paraíba nesta segunda-feira (24), deve reforçar na resolução do impasse judicial.

“Nós queremos do ministro além do fato, da representação dele estar na Paraíba, vir aqui conhecer um equipamento que é o cartão postal da nossa cidade e quem sabe ele bater na porta do STJ e dizer assim ‘ministro por favor decida, em favor de quem quer que seja, mas o Hotel Tambaú está precisando voltar a funcionar, a Paraíba está vivendo um grande momento e eu quero inaugurar esse hotel com quem quer que fique a propriedade desse hotel’. É isso que a gente quer, que se resolva para qualquer lado que seja. Naturalmente a gente fica torcendo que seja para o nosso lado, porque a gente conhece o nosso bom direito. Somos aqui da Paraíba, entendemos a importância que o Hotel Tambaú tem para nossa gente, o sentimento de ‘paraibanidade’ está impregnado em cada metro quadrado desse hotel e nós queremos explorá-lo. Mais do que isso, queremos resolver o problema e que o hotel volte e seja devolvido a nossa cidade”, finalizou o sócio da Ampar.

Visita do Ministro Celso Sabino

O Ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, visitou as instalações internas do Hotel Tambaú nesta segunda-feira (24), no mesmo dia em que veio à Paraíba para acompanhar as obras do Polo Turístico Cabo Branco, em João Pessoa.

Na oportunidade, o ministro acompanhou de perto a situação atual do Hotel Tambaú, que se encontra fora de funcionamento. Celso Sabino garantiu a destinação de recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur) para o empreendimento.

Hotel Tambaú segue fechado há mais de quatro anos

o Hotel está fechado desde o período da pandemia de Covid-19, no ano de 2020. Fundado em 1971 como a opção pioneira na Paraíba, foi adquirido pelo grupo paraibano Ampar através de um leilão em 2021.

Atualmente, o empreendimento que é cartão postal de João Pessoa e da Paraíba, passa por diversos impasses judiciais e segue fechado, em estado de abandono e degradação.

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