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Tecnologia

Com 75% dos talentos dispostos a deixar mercado em busca de salários em dólar, empresários de TI buscam formas de reter profissionais

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Contratações em escala global ampliam desafio dos gestores em manter times. Em tempo de mão de obra escassa, reinvenção é alternativa até mesmo dos donos do negócio

bora a onda de demissões de profissionais do setor de tecnologia represente um aumento de 38.487% neste ano, na comparação com o mesmo intervalo de 2022, segundo o relatório Challenger, da companhia de recolocação Challenger, Gray & Christmas, o “olho da rua” não é o destino de todo esse time. Levantamento recente da Icon Talent, especializada em recrutamento nessa área, aponta que 75% dos entrevistados em uma pesquisa sobre o tema estão dispostos a abandonar o mercado brasileiro para ganhar em dólar. Foram ouvidos mais de 20 mil candidatos registrados na base de dados da empresa pesquisadora.

Na avaliação do diretor de Marketing da secional do Paraná da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) e associado da Assespro-PR/parceria ACATE, Ricardo de Almeida Pereira, o grande desafio das empresas tech é a retenção de talentos. Para ele, apenas quem oferecer a melhor cultura e um modelo de gestão ágil e de resultados conseguirá manter o time intacto e resoluto a permanecer na empresa, mesmo com os tentadores convites para trabalhar além das fronteiras.

Ricardo de Almeida Pereira

“Desde a pandemia e do aumento do trabalho em home office, tivemos um aumento da procura dos profissionais de TI por empresas de outros países também. Anteriormente, no modelo presencial, a procura dos profissionais era mais local; agora é global”, sublinha o paranaense, natural de Guaíra, curitibano desde os 6 anos de idade e executivo em TI desde o início dos anos 2000, Ricardo de Almeida Pereira.

A pandemia, de fato, tornou-se um símbolo de aquecimento do setor, e nesse sentido Ricardo vê muito mais vantagens do que obstáculos na jornada de crescimento do setor.

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“Vivemos anos de crescimento, especialmente para aquelas empresas do setor de tecnologia que conseguiram se adaptar rapidamente às circunstâncias. Mantenho essa expectativa de crescimento devido à procura contínua de empresas e departamentos que querem melhorar seus processos, suas experiências com clientes e colaboradores, principalmente e frequentemente sendo impactadas por novos modelos de negócios”, afirma.

O cenário de tecnologia segue em ascensão, mas revela gaps importantes, e a falta de mão de obra especializada é uma delas. No entendimento de Ricardo, buscar formações continuadas e treinamentos que atendam às novas demandas tecnológicas é especialmente decisivo, até mesmo para os donos dos negócios. Times de liderança também precisam ampliar suas competências, defende o executivo.

“Cito novos temas para o setor, com data-driven (programação orientada por dados), inovação aberta, mindset de alta performance, gestão de times remotos, saúde mental e inteligência híbrida. É um novo cenário que o trabalho do futuro prevê. O novo líder de hoje vai lidar com cenários cada vez mais dinâmicos, rápidos e complexos. Precisa estar preparado”.

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