Política
Bolsonaro condena manifestações que impedem ‘direito de ir e vir’
Presidente disse que ‘manifestações pacíficas são bem-vindas’, mas ponderou que seus apoiadores não podem cercear os direitos da população. Declaração foi dada durante pronunciamento nesta terça-feira (1º).
O presidente Jair Bolsonaro (PL) condenou nesta terça-feira (1º) as manifestações que impedem o “direito de ir e vir” da população.
A declaração foi dada durante o primeiro pronunciamento de Bolsonaro após o resultado do 2º turno da eleição que confirmou a derrota do candidato do PL.
Bolsonaro afirmou que “as manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas”, mas ponderou que seus apoiadores não podem cercear os direitos da população.
“Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentido de justiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, apontou o presidente.
Ao menos 10 estados e o DF determinaram que a PM atue para liberar as rodovias no país bloqueadas por manifestantes bolsonaristas que protestam contra o resultado das eleições de domingo (30).
Segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), há bloqueios em 227 rodovias federais.
Nesta terça, Bolsonaro fez uma fala curta, de dois minutos, em que disse também que continuará cumprindo a Constituição.
Bolsonaro discordou de ser chamado de antidemocrático e disse que sempre jogou “dentro das quatro linhas da Constituição”.
Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição”, afirmou.
O resultado das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57 de domingo, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas. Àquela hora, Lula, tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava 49,17% de votos válidos.