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Apostas esportivas devem ser regulamentadas pelo Governo nos próximos dias; entenda as mudanças

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Estimativa é de arrecadação de R$ 6 bilhões/ano; por outro lado, medida garante mais geração de emprego no setor

A Medida Provisória (MP), que trata da regulamentação do setor das apostas esportivas, está próxima de ser despachada até sexta-feira (21) nas áreas de maior urgência. Entre elas, a tributação da atividade e a definição de sanções a empresas de apostas que descumprirem regras.

Depois do recesso do Congresso, a ideia é de que seja trabalhado um Projeto de Lei (PL) para tratar de temas mais espinhosos, como processos de aplicação das sanções e da estrutura da tributação. A previsão do governo é arrecadar mais de R$ 6 bilhões por ano e retornar com algumas iniciativas, como a Lotex, uma loteria instantânea conhecida como “raspadinha”. Em edição extra do Diário Oficial da União de terça-feira (18), a MP cria cargos para a nova Secretaria de Apostas e Loterias, no âmbito do Ministério da Fazenda.

Sites e casas de apostas no Brasil

De acordo com Fabiano Jantalia, sócio-fundador do Jantalia Advogados e especialista em Direito de Jogos, a regulamentação de setores econômicos, como o de apostas esportivas, não é uma questão do governo, mas sim, uma questão do Estado.

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“O governo, ao que parece, está aparentemente se baseando na premissa de que grande parte dos operadores de apostas esportivas vão se estabelecer no Brasil. Para isso, o Marco Regulatório precisa ser minimamente convidativo e ter uma estrutura de incentivos para os agentes que seja factível”, aponta o advogado.

Equilíbrio fiscal, geração de empregos e manipulação de resultados

As apostas esportivas movimentam dezenas de bilhões de reais ao ano. Com a regulamentação, a estimativa é de mais de R$ 6 bilhões/ano, trazendo equilíbrio fiscal ao País e possibilidades na geração de empregos dentro do setor. “Sem a regulamentação, o governo fica impedido de arrecadar recursos que são importantes na perspectiva do equilíbrio fiscal, mas também na disposição de instrumentos que minimizem e fiscalizem manipulação de resultados, jogo patológico e lavagem de dinheiro”, aponta Tiago Gomes, sócio do Ambiel Belfiore Gomes Hanna e especialista em Regulação de Jogos e Apostas.

Transparência e segurança

Mais que benefícios para o Estado e para os apostadores, a regulamentação também promete um ambiente mais propício para o próprio operador dos sites e casas de apostas, conforme explica Tiago Gomes. “Isso acontece porque ele passa a ter mais transparência quanto aos requisitos para se operar legalmente no país, balizando de maneira objetiva aqueles que poderão seguir operando e aqueles que, por não atenderem os requisitos na regulação, não poderão fazê-lo”, conclui.

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Fontes:

Fabiano Jantalia é sócio-fundador do Jantalia Advogados e especialista em Direito de Jogos.

Tiago Gomes é sócio do Ambiel Belfiore Gomes Hanna Advogados e especialista em Regulação de Jogos e Apostas).

 

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