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13 de setembro, Dia Nacional da Cachaça: Paraíba tem o maior produtor de cachaça de alambique do Brasil
Engenho São Paulo, localizado em Cruz do Espírito Santo, produz anualmente 6 milhões de litros da bebida
O maior produtor de cachaça de alambique do Brasil fica na Paraíba, o Engenho São Paulo, em Cruz do Espírito Santo. O estado também é o maior produtor da bebida no Nordeste. Quando a celebração do Dia Nacional da Cachaça foi aprovada, em 7 de outubro de 2021, a data já havia passado. Sendo assim, este 13 de setembro é especial pois, será a primeira vez que a bebida tipicamente brasileira tem um dia só seu.
A data 13 de setembro faz alusão ao dia em que a Corte Portuguesa assinou a permissão para a comercialização da bebida no Brasil, no ano de 1661. De acordo com o Instituto Brasileiro de Cachaça (IBRAC) a comercialização da bebida levou 30 anos para ser regulamentada.
O administrador do Engenho São Paulo, Múcio Fernandes, convida degustar de uma boa cachaça para comemorar a Data. “Gostaria de desejar um brinde a todos com uma boa cachaça”, destaca.
A cachaça é o destilado mais consumido no Brasil e o terceiro do mundo. Segundo o IBRAC, por ano são produzidos 800 milhões de litros da bebida. Um mercado que gera 600 mil empregos diretos e indiretos, movimentando mais de R$10 bilhões na economia.
O Engenho São Paulo tem uma capacidade instalada de produção anual de 6 milhões de litros da bebida, e de estoque de até 5 milhões de litros, o que o torna o maior produtor de cachaça de alambique do Brasil. A cachaça de alambique, destaque do Engenho, é produzida artesanalmente em alambiques de cobre — equipamento de destilação que produz a cachaça e a deixa refinada e rica em sabores e aromas. Com aproximadamente 620 hectares, o Engenho São Paulo foi fundado em 1909 e suas atividades, na época, eram voltadas principalmente para a produção de açúcar mascavo, mel e rapadura, às várzeas do Rio Paraíba. Na região, predomina o solo tipo massapê, ideal para o plantio de cana de açúcar, cujo cultivo é uma tradição há quase 500 anos. A partir do final da década de 1930, com a queda no consumo destes produtos, o engenho direcionou sua produção para a cachaça de alambique e desde então foi crescendo e conquistando mercado. Na década de 1940, começou a engarrafar suas primeiras cachaças de alambique, criando as marcas São Paulo e Cigana. A tradição atravessou gerações e atualmente o Engenho São Paulo agrega filhos e netos, que mantém a originalidade e o sabor característicos da bebida em safras anuais, de acordo com os períodos de moagem, fermentação, destilação e armazenamento até chegar ao engarrafamento.
A Cachaça Cigana, uma de suas marcas, foi a primeira a ser exportada e registrada nos Estados Unidos, na década de 1980. Em meados de 1990, os sócios do engenho passaram a estudar, pesquisar, viajar e participar de feiras buscando maneiras de evoluir e aumentar a produção. Introduziram o envelhecimento em barris de carvalho e criaram a Cachaça Cigana Carvalho. Hoje, além da Cigana, o Engenho São Paulo conta com outras marcas – Cachaça São Paulo, que em sua linha de produtos possui quatros tipos: Original, Cristal, Amburana e Carvalho e a marca Caipira, com Cachaça Caipira e Caipira Amburana.
Para mais informações sobre o Engenho São Paulo, o site é https://engenhosaopaulo.com.br e o instagram @engsaopaulo e @cachacasaopaulo.