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UFC: juiz aprova acordo de R$ 2,1 bilhões em processo de lutadores

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Decisão encerra processo movido por grupo liderado por Cung Le e contempla atletas que competiram pelo Ultimate entre 2010 e 2017. Segundo caso, movido por Kajan Johnson, segue em andamento.

O juiz Richard Boulware emitiu nesta terça-feira uma aprovação preliminar aos novos termos de acordo alcançados entre o UFC e um grupo de lutadores, para encerrar um processo antitruste contra a organização americana de MMA. Sob o novo acordo, o Ultimate terá de pagar US$ 375 milhões (cerca de R$ 2,1 bilhões); o valor líquido que chegará aos lutadores ainda dependerá da dedução das taxas referentes ao caso.

O processo foi iniciado em 2014 pelo lutador chinês Cung Le, em parceria com outros veteranos como Nate Quarry, Jon Fitch, Kyle Kingsbury e Brandon Vera. A ação alega que o UFC mantinha poder de monopsônio (estrutura em que apenas um comprador controla o mercado), e que o obteve através de contratos exclusivos, coerção e aquisições que eliminaram potenciais concorrentes.

Em 10 anos, diversos documentos internos do UFC foram revelados pelo processo, que recebeu certificação de ação coletiva no ano passado e chegou a ter uma data marcada para julgamento. Um acordo inicial de US$ 335 milhões (R$ 1,666 bilhão na cotação da época) foi acertado em março, mas foi rejeitado pelo juiz.

O novo acordo foi defendido por cartas produzidas por mais de 150 lutadores dentre os cerca de 1.200 atletas que estão contemplados pelo caso, incluindo declarações de Wanderlei Silva, Lyoto Machida e Fabricio Werdum. O juiz Boulware afirmou, segundo veículos da mídia especializada dos EUA, que as cartas foram parte significativa da decisão de aprovar o acordo.

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Os advogados dos lutadores também forneceram um briefing com uma explicação detalhada de quanto os lutadores receberiam através do acordo. “Os membros (do caso) recuperariam (em média), após todas as taxas e custos serem deduzidos, US$ 250.000 (R$ 1,4 milhão). Trinta e cinco membros receberiam mais de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões); quase 100 lutadores receberiam mais de US$ 500.000 (R$ 2,8 milhões); mais de 200 lutadores recuperariam mais de US$ 250.000 (R$ 1,4 milhão); mais de 500 lutadores receberiam mais de US$ 100.000 (R$ 569 mil); e quase 800 recuperariam mais de US$ 50.000 (R$ 284 mil). Por qualquer medida razoável, o acordo, se aprovado, colocaria dinheiro “para mudar a vida” nas mãos das famílias de centenas de lutadores agora”, diz o briefing.

O UFC deve pagar o valor acordado em três parcelas, a última delas em junho de 2025. Depois disso, os pagamentos serão repassados aos atletas – a ação contempla lutadores que competiram no UFC entre 2010 e 2017.

Ainda resta um segundo processo antitruste em andamento, que contempla lutadores do UFC de 2017 até o presente, movido pelo atleta Kajan Johnson com o apoio do grupo liderado por Cung Le. Os advogados do Ultimate entraram com um pedido de extinção do processo em 7 de outubro, mas o juiz ainda não tomou uma decisão. O advogado principal do caso, Eric Cramer, declarou ao site “MMA Fighting” que pretende seguir “buscando mudanças significativas de negócios e mais danos no nosso segundo caso antitruste contra o UFC”.

 

 

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Fonte: Combate.com

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