Justiça
Mentor da “Barbárie de Queimadas” vivia de ‘beleza e boemia’ com ajuda de familiares no Rio de Janeiro
O Mentor da “Barbárie de Queimadas” Eduardo dos Santos Pereira sobrevivia com ajuda de familiares próximos.
O Mentor da “Barbárie de Queimadas” Eduardo dos Santos Pereira sobrevivia com ajuda de familiares próximos. A informação foi divulgada por André Rabelo, delegado Geral da Polícia Civil da Paraíba. Durante coletiva à imprensa, nesta terça-feira (19), o delegado informou que ele vivia da “beleza e boemia”, na cidade litorânea de Rio das Ostras no Rio de Janeiro.
Eduardo dos Santos Pereira usava um documento falso, morava sozinho e não trabalhava. Segundo o delegado André Rabelo, o mentor da “Barbárie de Queimadas” era ajudado por familiares próximos. “Usava um documento falso de um senhor com idade mais velha. Vivia da beleza, na boemia. Os familiares, os mais próximos é quem fazia essa manutenção de ajuda”, revelou o delegado.
A Polícia Civil da Paraíba, através da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), com apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, acabou capturando o mentor da “barbárie de Queimadas”. Quase 12 anos depois do crime que causou indignação nacional e ficou conhecido como ‘Barbárie de Queimadas’, o mentor da ação, Eduardo dos Santos Pereira, condenado a 108 anos de prisão, que estava foragido desde 2020, após fugir do presídio pela porta lateral acabou sendo capturado.
Entenda o caso
Tudo começou quando os irmãos Luciano e Eduardo dos Santos Pereira organizaram o aniversário com a festa marcada para o dia 11 de fevereiro, um sábado, de 2012. Participaram sete mulheres, nove homens e três adolescentes para a festa que aconteceu em uma casa no Centro de Queimadas. Os homens presentes planejaram realizar um estupro coletivo durante a festa.
Eduardo e Luciano forjaram um assalto e entraram encapuzados na residência. Os criminosos combinaram que apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes. As vítimas então seriam amarradas, vendadas e estupradas.
Duas mulheres que estavam na residência e não foram alvo do estupro coletivo são justamente as esposas de Eduardo e Luciano.
Enquanto era estuprada, a professora Izabella Pajuçara, de 27 anos, se debateu e conseguiu identificar Eduardo. A partir daí, os abusos foram interrompidos e os homens fugiram de carro levando Izabella Pajuçara e a recepcionista Michele Domingos, de 29 anos, que teria ouvido a fala da amiga reconhecendo o estuprador.
Michele chegou a pular do carro em movimento, mas recebeu quatro tiros e morreu. Já Izabella foi encontrada morta na estrada que liga Queimadas a Fagundes.
Em 2014, Eduardo dos Santos Pereira foi condenado a 108 anos de prisão, já Luciano dos Santos Pereira, irmão de Eduardo, foi condenado a 44 anos de prisão.
Um outros envolvidos, Jacó Sousa, foi sentenciado a 30 anos de reclusão e foi assassinado ao sair no regime semi-aberto.
Já Diego Rego Domingues foi liberado para cumprir a pena de 26 anos e seis meses no regime semiaberto. Fernando de França Silva Júnior, foi condenado a 30 anos de prisão. Luan Barbosa Cassimiro deve cumprir 27 anos de reclusão e José Jardel Sousa Araújo foi condenado a 27 anos.
Os adolescentes já cumpriram medida socioeducativa no Lar do Garoto, no município de Lagoa Seca, Agreste do estado.