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Ouse Criar: três equipes vencem maratona e recebem premiação de R$ 25 mil para a execução de startups

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Com ideias sustentáveis e inovadoras, três equipes de estudantes da Rede Estadual venceram a edição 2022 da maratona do Programa de Educação para Inovação e Empreendedorismo –  Ouse Criar, conquistando o prêmio de R$ 25 mil  para cada equipe, que será destinado à criação de startups (novo modelo de negócio) e a inserção da ideia no mercado. O prêmio classificou as equipes para a terceira e última fase do programa, que é a etapa de evolução da ideia e a Ida para o Mercado (Go To Market), dando soluções para problemas reais de empresas.

Foi a “final” do primeiro ano do programa, que tinha 100 equipes participando. Dessas, 37 equipes seguem para a fase 2 do Ouse Criar em 2023, recebendo a premiação de R$ 5 mil para a elaboração do projeto técnico de uma startup. As três primeiras colocadas pularam direto para a fase 3.

A maratona aconteceu nos dias 23, 24 e 25 de novembro, no Centro de Convenções de João Pessoa, na oitava edição da Expotec, a maior feira de tecnologia da região Nordeste, e reuniu mais de 400 estudantes do Ensino Médio que fazem parte do Programa Ouse Criar. O objetivo foi possibilitar que os estudantes fossem  capazes de criar e lançar soluções tecnológicas para auxiliar na resolução de problemas da educação, saúde, meio ambiente, empregabilidade, entre outros, com o apoio de empreendedores e profissionais de grandes empresas.

Desafio – Os projetos tiveram como base a metodologia de Inovação Aberta (Open Innovation Lab (OIL). Os três melhores foram: ‘Sapiens’,  e teve como protótipo um plástico biodegradável a partir do amido da batata doce; o projeto ‘Kangae’, uma plataforma gamificada de incentivo social, onde as pessoas, por meio de seus atos positivos, conquistam moedas digitais, e o ‘Max10 ‘, protótipo de um aplicativo voltado ao gerenciamento e otimização do fluxo de filas do SUS.

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A equipe ‘Sapiens – Biocup’ conquistou o primeiro lugar. Ela é da ECIT Francisca Martiniano da Rocha, de Lagoa Seca. O segundo lugar ficou com a equipe ‘Kangae’, da ECIT João Pereira Gomes Filho, de João Pessoa. Em 3º lugar, a equipe ‘Max10’, da ECIT Professor Anésio Leão, de Campina Grande.

Em uma grande sala de 271m², as 100 equipes formadas, cada uma por cinco estudantes e um professor, competiram para entregar as soluções mais efetivas para o desafio escolhido, tendo à disposição acesso à internet, data show, microfone, notebook e passador de slides, mas também post-its, canetas, pincel, adesivos, fita adesiva dupla face, papel A4, peças de Lego, storyboard, massa de modelar, tesoura, elásticos, cola e um laboratório Maker disponibilizado a partir de uma parceria do programa com o Instituto Federal da Paraíba. Os alunos tiveram acesso à mentoria em automação, software, impressão 3D, arduino entre outros processos de prototipagem.

Os alunos da fase 2 aproveitaram palestras e workshops que a própria Expotec ofereceu sobre empreendedorismo, inovação e startups. As equipes da fase 3, que já estão com empresas pré-incubadas no Parque Tecnológico Horizontes de Inovação, participaram de rodadas de negócios, conversas com investidores e também participaram de palestras.

Etapas – O ciclo do Ouse Criar dura três anos. A fase 1 é a Escolar, para formação de equipes formada por cinco estudantes e um professor e criar a ideia do modelo de negócio; a fase 2 é a de desenvolvimento, do projeto técnico de uma startup voltada à inovação e a fase 3 é a de execução de startups (materialização da ideia).

Os alunos se inscreveram por meio de um vídeo de 3 minutos, dizendo os motivos que o levaram ao desafio escolhido. A partir daí, foi realizada uma seleção, até chegar a 100 equipes, que participaram da etapa estadual, a maratona de prototipação, na qual buscou simular a experiência do usuário com a solução final e mostrar como seriam as funcionalidades. A apresentação aconteceu na Expotec.

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Projetos e experiências

Equipe Sapiens BioCup, da ECIT  Francisca Martiniano da Rocha, Lagoa Seca – O projeto voltado à responsabilidade socioambiental desenvolve a produção de bioplástico a partir de batata-doce e capim-braquiária para substituir os plásticos convencionais.

De acordo com a gestora da escola, Michelle Santino Fialho, o grupo de estudo surgiu em meio à pandemia com o ensino remoto e ganhou ainda mais impulso após a reforma da escola com os laboratórios e espaços adequados para o desenvolvimento do projeto. “O grupo de estudos teve as condições necessárias com o espaço para criar e por intermédio do Governo do Estado também têm eventos para a apresentação do trabalho”.

A estudante Camila Ferreira disse que a escola foi fundamental no incentivo ao projeto. “Na escola realizamos nossos experimentos de validação, o bioplástico que é a matéria-prima do nosso protótipo foi criado na escola, além do apoio como a contribuição dos docentes no processo de lapidação da nossa ideia”.

Equipe Kangae, da ECIT João Pereira Gomes Filho, de João Pessoa – O projeto é uma plataforma gamificada de incentivo social, onde as pessoas, por meio de seus atos positivos, conquistam moedas digitais, podendo trocá-las por produtos e serviços, com base na sustentabilidade.

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Os pilares utilizados no projeto estão ligados aos 5Rs (Repense, Recuse, Reduza, Reutilize e Recicle), aos 5 indicadores da ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que são os objetivos da ONU para tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis, e o aumento da visibilidade do pequeno produtor.

O professor e mentor da equipe, Franciel dos Santos, explica o desenvolvimento do projeto. “Tendo em vista os problemas ambientais como um dos fatores apontados pelo IBGE, onde cerca de 90% dos municípios brasileiros são afetados, e a indústria da moda que é uma das mais poluentes do mundo, a nossa motivação por intervenção e conscientização social, levou nosso grupo a pensar em uma proposta para o problema socioambiental, alusiva às relações dos cidadãos com o meio ambiente, e com a idealização da plataforma que terá as funções de incentivar e conscientizar a sociedade”, conta.

A equipe é composta por 5 alunos do 1º ano do ensino médio, tendo um professor da base técnica como mentor. “Inicialmente, a plataforma será implantada na nossa comunidade escolar, já na segunda etapa conquistaremos parcerias com empresas, ongs e instituições que valorizam a conscientização social. E assim incentivar o consumo e ações conscientes, para melhorar o meio em que vivemos”, disse o professor.

Equipe Max10, da ECIT Professor Anésio Leão, em Campina Grande – O projeto é um aplicativo com o nome Med+, voltado ao gerenciamento e otimização do fluxo de filas para o SUS. A professora Mentora da equipe, Ana Paula Fidelis, conta que o público alvo do aplicativo são pessoas de 15 a 60 anos com acesso a  internet, para ajudar não só na gestão de filas, mas em necessidades e emergências.

A plataforma terá 3 funções base: A função de ‘Consulta ambulatorial’: para pessoas que preferirem o atendimento presencial, e assim terão a informação da quantidade de pessoas que tem na fila da Unidade Básica de Saúde (UBS) desejada; ‘SAMU’: para o direcionamento da ambulância se for preciso, o usuário terá a informação de quais ambulâncias estariam disponíveis e a quantidade de ocorrências que estariam na frente dele, para também terem  ciência do tempo que levará para serem atendidos, (lembrando também que o sistema das ambulâncias dependem do estado do paciente, podendo até mesmo ser atendidos imediatamente dependendo da gravidade do problema);  e ‘Teleconsulta’: essa função é o contato que o usuário terá ao solicitar uma consulta pelo próprio celular, através de uma chamada de vídeo, para ter uma primeira consulta relatando os sintomas, e assim o médico poderá prescrever o remédio necessário para o tratamento.

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“Todas essas funções terão uma identificação, através do CPF ou do cartão do SUS, criando o registro. Ao terminar a teleconsulta, será gerado um QR code com todas as suas informações do paciente, e caso ele precise ir ao hospital, é só escanear o QR code, sem a necessidade de realizar novamente o registro na recepção do hospital”, conta a mentora.

A Coordenadora do Programa Ouse Criar, Giovania Lira, destaca o alto nível dos projetos e protagonismo dos estudantes. “É com imensa satisfação que assisti a defesa( pitch ) das 15 melhores equipes classificadas na Maratona Ouse criar. Pudemos enxergar um nível elevadíssimo de desenvolvimento das ideias trazidas pelos estudantes já na 1ª série do Ensino Médio. A própria participação dos estudantes numa feira tão importante, quanto a Expotec, já é rica no sentido de colocar nossos estudantes da rede em contato com o que há de ponta na área  de ciência e tecnologia. Palestras riquíssimas e aprendizado num nível elevadíssimo”, conta.

“O programa só tem a agradecer a parceria e está pronto para acolher esses estudantes e propor a melhor trilha formativa  em Inovação para esses grupos. Ao final de 3 anos teremos resultados maravilhosos”, ressalta Giovania.

Programa Ouse Criar: O programa de Educação para Inovação e Empreendedorismo nas escolas estaduais, lançado em 2019, tem o objetivo de assegurar oportunidades para estudantes e egressos da rede estadual de ensino, em projetos de inclusão social e tecnológica, criando oportunidades de desenvolvimento profissionalizante.

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