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Dermatite Atópica é uma doença crônica séria, mas que pode ser controlada, alertam os especialistas
Enfermidade dermatológica causa lesões avermelhadas na pele e pode levar pacientes ao desenvolvimento de problemas psicológicos como ansiedade e depressão.
Clima muito seco, problemas emocionais, estresse, contato com alérgenos, como produtos químicos, tecidos sintéticos e ácaros podem levar ao surgimento das crises.
Um dos principais sintomas é a coceira intensa, com formação de crostas, que impacta a rotina e a vida social e psicológica de seus pacientes.
Doença crônica e inflamatória da pele, a Dermatite Atópica, também conhecida como eczema, acomete, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), quase 10% da população adulta e até 25% de crianças e adolescentes1. A doença caracteriza-se por lesões avermelhadas no rosto ou nas dobras do corpo, causando coceira exacerbada: quanto mais o paciente coça, mais a pele é danificada, podendo até sangrar. As áreas do joelho e dos braços costumam ser as mais afetadas, mas a doença também pode provocar lesões nas bochechas, orelhas, pescoço, mãos e pés.
A causa exata da Dermatite Atópica ainda é desconhecida, mas se sabe que existem alguns gatilhos que podem provocar crises, como clima muito seco, estresse, contato com alérgenos, como produtos químicos, tecidos sintéticos e ácaros. As lesões aparecem quando há um desequilíbrio no sistema imunológico gera um processo inflamatório3,4.
A Dermatite Atópica pode ser classificada como leve, moderada e grave, de acordo com a gravidade da doença, quantidade da superfície corpórea atingida5 e impacto da doença na qualidade de vida. Pesquisas mostram que 30% a 40% dos pacientes estejam entre os tipos moderado e grave 6, 7.
Diagnóstico e Tratamento – Devido ao ressecamento da pele, coceira e formação de feridas, se não for tratada, a doença pode levar ao desenvolvimento de infecções na pele causadas por bactérias, vírus ou fungos, o que agrava ainda mais as inflamações, pioram os sintomas e, consequentemente, dificulta o tratamento. Por ser uma doença de origem genética e crônica8, a Dermatite Atópica não tem cura, mas pode ser controlada.
Novas terapias avançadas para dermatite atópica já estão disponíveis no Brasil, como upadacitinibe, um medicamento que recebeu recentemente aprovação da Anvisa para o tratamento de dermatite atópica moderada a grave para pacientes acima de 12 anos. A nova droga faz parte da classe de inibidores de Jak, que são enzimas intracelulares envolvidas em diversos processos fisiológicos e também em algumas doenças autoimunes, como a dermatite atópica10.
Preconceito e seus estigmas – Por causa da coceira, as pessoas podem ter dificuldades para dormir, além de prejudicar a saúde mental4. São comuns o desenvolvimento de sintomas psicológicos, como ansiedade e depressão3,4,6. Em um estudo internacional, 38% dos pacientes reportaram que a Dermatite Atópica impactou sua decisão de não estudar ou buscar um trabalho.7
Apesar de não ser contagiosa, uma pesquisa do Datafolha de 20219, com patrocínio da AbbVie, revelou que três em cada 10 brasileiros acreditam erroneamente que a doença é infecciosa, e 47% que é causada por falta de higiene e 37% afirmam que pessoas com dermatite atópica não devem sair de casa.
Para mais informações sobre Dermatite Atópica, acesse www.asbai.org.br. www.sbd.org.br
Referências:
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Lewis-Jones Quality of life and childhood atopic dermatitis: the misery of living with childhood eczema. Intl J Clin Pract. 2006, 60(8) 984–992
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Thyssen JP., et al. Atopic dermatitis is associated with anxiety, depression, and suicidal ideation, but not with psychiatric hospitalization or Allergy. 2018 Jan;73(1):214-220. doi: 10.1111/all.13231
Kao JK, Shieh JJ, Lee CH, Lee MS, Hsu TF, et Potential Treatments for Atopic Dermatitis. J Immuno Biol. 2016, 1:110.
https://datafolha.folha.uol.com.br/mercado/2021/09/1989346-metade-50-dos-brasileiros-nao-conhecem-a-dermatite-atopica-da.shtml
Guttman-Yassky E., et al. Once-daily upadacitinib versus placebo in adolescents and adults with moderate-to-severe atopic dermatitis (Measure Up 1 and Measure Up 2): results from two replicate double-blind, randomised controlled phase 3 trials. 2021; 397(10290): 2151-2168. doi:10.1016/S0140-6736(21)00588-2.
