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Política

Mourão deseja sorte a Petro e diz que relação com Colômbia independe de governo

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Gustavo Petro é o primeiro presidente de esquerda da Colômbia

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Após a Colômbia eleger seu primeiro presidente de esquerda, Gustavo Petro, o vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, afirmou que a relação entre os dois países independe do governo de momento. “A relação é de Estado para Estado, independente do governo”, disse ele nesta segunda-feira (20).

“[Desejo] sorte ao Gustavo Petro, porque administrar um país na situação que o mundo está enfrentando não é simples. Nós temos interesses comuns com os colombianos, principalmente na questão da Amazônia”, completou.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o novo chefe colombiano. Em uma lista de transmissão que mantém no WhatsApp, no entanto, ele questionou se o Brasil seria o próximo país a eleger um líder de esquerda, como Petro.

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Como mostrou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, Bolsonaro encaminhou neste grupo uma imagem de uma matéria da BBC News Brasil que tem o título “Ex-guerrilheiro vence eleição na Colômbia e será primeiro presidente de esquerda do país”.

Abaixo da foto, escreveu: “Cuba… Venezuela… Argentina… Chile … Colômbia… Brasil???”, numa referência ao fato de a esquerda, com Lula, ter chance de voltar ao poder no país.

Gustavo Petro foi eleito presidente neste domingo (19), com 40,32% dos votos, em um país que nunca havia visto um presidente que não fosse de direita em sua história.

De acordo com ministros e interlocutores de Bolsonaro, o presidente chamou a atenção também para a alta abstenção da eleição colombiana. O voto não é obrigatório no país, e cerca de 45% dos cidadãos habilitados a votar não compareceram às urnas. Ainda que alta, a cifra configura o menor número de abstenção em duas décadas na Colômbia.

Bolsonaro, no entanto, estaria preocupado com a possibilidade de a abstenção no Brasil também ser alta, mesmo com o voto obrigatório.

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Além de evidenciar o fortalecimento da esquerda na América Latina -candidatos progressistas venceram as eleições na Bolívia, no Peru e no Chile, além de já estarem no poder na Argentina -, a vitória de Petro teve outro simbolismo: foi reconhecida por seu principal opositor, Rodolfo Hernández, menos de uma hora depois da divulgação dos resultados.