A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), convidou 14 artistas para grafitarem os 520 m² do tapume que cobre o trecho no final do bairro Cabo Branco, na capital. A ação está ligada à obra de recuperação da calçadinha da orla, executada pela Secretaria de Infraestrutura (Seinfra). Por meio da arte, grafiteiros expõem suas técnicas e dão o tom retratando os pontos turísticos da capital, como a Feira de Artesanato de Tambaú, o Farol do Cabo Branco e o Parque Solon de Lucena.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, explicou que a Fundação tem planejado proporcionar geração de emprego e renda aos grafiteiros, assim como ressignificar o uso dos tapumes de obras públicas, possibilitando a criação de uma galeria.
“Nós, inclusive, estamos trabalhando juntos com a Secretaria de Infraestrutura de João Pessoa para que outras obras também passem pelo mesmo processo de transformação. Além disso, queremos estimular que empresas de iniciativa privada apoiem artistas de painéis urbanos para embelezarmos a cidade. Não só isso, dar um novo uso àquele tapume que vira objeto de arte também”, afirmou.
Com um trabalho que explora personagens animados e traços mais infantis e lúdicos, o artista Amadeus Coisethal, do coletivo Crewolinas, compôs sua obra com elementos que conectam crianças e adultos através de desenhos bem divertidos, como sereias e seres marinhos gigantes.
“Para nós, que trabalhamos com cultura, enfrentamos desafios enormes durante essa pandemia. Então, é uma grande oportunidade poder participar de um projeto como esse”, elogiou. Ele acrescentou que, além de expor o trabalho para moradores e turistas, cada artista pode vivenciar, com todos os protocolos de segurança, a rotina de estar na rua pintando, de encontrar outros artistas, de atender a pedestres e motoristas que fazem questão de parar e interagir com eles. “A receptividade da população foi muito grande e isso é muito importante para nós, artistas”, pontuou.
Com informações da Funjope.