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Um poço de dúvidas!

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A capacidade humana de nos surpreender é inominada, já nos contou Shakespeare

(Brasília-DF) Estamos terminando o primeiro decêndio do mês de abril com uma sensação, nos meios políticos, sobre a situação dos dois favoritos na disputa presidencial de outubro vindouro: Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Messias Bolsonaro. Enquanto a terceira via, ou até Ciro Gomes, não engrena marcha de subida(?!), claro.

Lula estaria em baixa e Bolsonaro em alta. Vamos lá!

Lula que está demorando em lançar oficialmente sua pré-candidatura, assim como estar mais nas ruas, tratou nos últimos dias de falar mal da classe média, que os empresários são escravocratas, sugerir apoio ao aborto e mandar o povo pressionar os políticos em casa, assim como vai demitir 8 mil miliares com cargos no Governo. Além de tudo isso, se falou entredentes que ele andava com relógio de milionário, andava falando coisa com coisa e não estava bem de saúde. Detalhe: não foi a máquina de fake news que está na praça que disse, não!

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Bolsonaro no dia 17 de março lançou o programa Renda e Oportunidade que busca colocar R$ 150 bilhões na economia, seja com antecipação de férias de aposentando, FGTS ou consignado para quem recebe Auxílio Brasil. De quebra, já se sabe que vem aí mais bondades, como isentar IPI para mototaxistas, redução da tabela do IR pessoa física ou até de empresas assim como criar um benefício para os catadores de “lixo”, os recicláveis.

As pesquisas mostram que Lula mesmo falando o que não deveria se mantém acima de 40% nas pesquisas e ainda tem delas que o considera favorito a um primeiro turno, mesmo com a saída de Sérgio Moro da corrida.  Enfim, Lula se mantém firme com seu público.

Bolsonaro tem crescido em todas as pesquisas, mesmo antes da saída de Moro. Bolsonaro avança e a queda do dólar no mercado internacional, em tese, deverá reduzir alguns preços, tanto administrados como da economia geral, mas se tem dúvidas sobre se isso vai acontecer.

Pela regra da economia clássica, e isso não se revoga por lei nem por boa vontade, se existe mais recursos na praça e não existe bens para atender a todos se estabelece a inflação de demanda. Como os commodities estão em alta estabelece-se a ausência de certos produtos no mercado temperado pela falta de insumos na cadeia econômica  global ainda presentes, tanto em face de problemas na China( lockdown em Xangai) ou resultado do consumo nos Estados Unidos. Inflação de demanda que deverá impor o chamado imposto inflacionário.

Não se sabe se Lula chegou ao seu fundo do poço ou se Bolsonaro chegou ao seu ápice em bondades eleitorais. Sempre podemos contar com o melhor e o pior. A capacidade humana de nos surpreender é inominada, já nos contou Shakespeare.

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À princípio, com o lançamento efetivo da pré-candidatura ao tempo que deverá ir às ruas, se espera que Lula avance. A ida de Lula às ruas é muito esperada, pois o Bolsonarismo duvida disso ao tempo que as esquerdas sabem fazer enfrentamentos violentos, é de sua tradição.

Bolsonaro mesmo com as bondades precisa melhorar a vida das pessoas. Ele não as pode dar com uma mão e tomar com a outra. Quando há buraco na rua, a culpa é do prefeito, quando há ladrão na redondeza, a culpa é do governador, mas quando a vida está ruim a culpa é do presidente!

Este abril está assim, nos enchendo de dúvidas!

Por Genésio Araújo Jr, jornalista

E-mail: politicareal@terra.com.br

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